Pandemia acentua abandono escolar e evasão aumenta 59% em Ipatinga

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No ano passado, o número de crianças e adolescentes do nosso País sem acesso à educação atingiu a preocupante marca de cerca de 5,5 milhões, o que, para muitos especialistas, tem a ver com os impedimentos para funcionamento de aulas presenciais e o comprometimento das rotinas e fatores de atração nos estabelecimentos de ensino, como o convívio social.

  • Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em outubro de 2020, sete meses após o início da pandemia, aponta que um contingente de 1,38 milhão de estudantes de 6 a 17 anos (3,8%) estava sem frequentar a escola, presencial ou remotamente. Somado a isso está a situação de 4,12 milhões de alunos (11,2%) que, apesar de matriculados e sem estar em período de férias, não receberam nenhuma atividade escolar, resultado do ensino pautado pelas aulas on-line.
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Em Ipatinga, nos primeiros meses de 2021, as autoridades educacionais já identificaram um crescimento da evasão da ordem de 59% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Especialistas e pesquisadores preveem que esses números negativos continuarão a crescer em 2021, colocando em risco décadas de trabalho para reduzir os índices de abandono escolar no Brasil. A recuperação desse déficit pedagógico pode levar até três anos, estima-se. 

O médico neuropediatra Marcone Oliveira afirma que muitas crianças, em função da pandemia, estão expostas ao Estresse Tóxico, que pode ocorrer quando uma criança vivencia uma dificuldade forte, frequente e prolongada, sem apoio adequado de um adulto e que o convivo social com outras crianças contribui para amenizar os impactos causados pela pandemia.  

“Esse estresse, leva a alterações cerebrais que podem comprometer diversas áreas, como a cognitiva e a emocional. Quando essa alteração é na área da memória, a principal consequência é um déficit de aprendizagem que vai impactar a vida da criança e adolescente durante vários anos”, informa o médico.

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