Parkinson, um dia para a consciência

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O dia 11 de abril, é o dia mundial da conscientização da doença de Parkinson. A data para a consciência do Parkinson não é um dia de festa ou de comemoração. Comemorar o quê? O dia da consciência do Parkinson é um dia para informar, para esclarecer a sociedade sobre uma doença neurodegenerativa, progressiva e sem cura, que chega muito antes de qualquer sintoma motor ou não motor.

Entre os sintomas motores mais comuns temos o tremor de repouso, a rigidez nas pernas, braços e tronco; a perda do equilíbrio, enfraquecimento da voz, redução do tamanho da letra, lentidão e diminuição dos movimentos (bradiscinesia), instabilidade postural.

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Dos sintomas não motores mais frequentes estão a depressão, a  disfagia onde a pessoa tem dificuldades para mastigar e engolir,  a perda do olfato, constipação intestinal muito frequente em portadores de Parkinson; a perda de sono, e por vezes a demência do Parkinson.

As causas ainda são desconhecidas mas em alguns casos podem estar relacionadas com fatores externos como alimentos contaminados, drogas ilícitas, algumas medicações, além de alguns traumas, como os da luta de boxe e outros. Mas o que determina a doença  é a perda de dopamina através da morte dos neutransmissores (degeneração). Uma vez sem dopamina, o corpo começa a tornar-se incapaz de realizar os movimentos comuns e necessários à vida.

Estima-se em dados oficiais que o PARKINSON atinge cerca de 1% da população mundial­­­, o que no Brasil corresponde entre 250 e 300 mil pessoas. No entanto esta população pode ser muito maior em torno de 600 mil pessoas, levando-se em consideração o baixo número de diagnósticos, seja pela falta de um marcador de diagnóstico, ou ainda pela desinformação do próprio corpo médico e até mesmo pela negligência em ouvir e aceitar as queixas dos pacientes. A partir dos 65 anos de idade a incidência é muito maior pelas perdas naturais das células do sistema nervoso, mas há grande ocorrência em pessoas de 30 a 45 anos. Mas crescente é o número entre jovens a partir de 23 e 27 anos de idade. No Mundo, raros são os casos acometidos em crianças e adolescentes. Atualmente, no Brasil conhecemos dois casos de adolescentes, sendo um em Ipatinga. O jovem que tinha estilo de vida saudável, estudante, atleta, boa alimentação, surgiu com sintomas aos 14 anos de idade, diagnosticado aos 19 e hoje com 25 anos, em uma fase extremamente avançada.

O tratamento é basicamente através de medicação farmacológica, cuja principal descoberta foi o L-DOPA . Hoje a ciência conta com algumas outras medicações antagonistas dopaminérgica e colinérgicas. Mas todas essas medicações, a longo prazo podem trazer diversos efeitos colaterais, inclusive em casos em que estes efeitos chegam a superar o benefício do medicamento. Juntamente com a medicação, um tratamento multidisciplinar altera em muito a qualidade de vida do paciente e inclui  fisioterapia, fonoaudiologia, psicológico, terapia ocupacional e um estilo de vida saudável com alimentos antioxidantes e que tratam do trânsito intestinal.

Aos poucos surgem novas terapias e tratamentos como a cirurgia cerebral DBS onde se implanta um marca passo cerebral que promove uma estimulação cerebral profunda, capaz de aumentar os níveis de dopamina no organismo, mas nem todos são passíveis de fazer esta cirurgia.

Em tempos de pandemia não poderíamos deixar falar disto, a vida do portador de Parkinson encontra-se muito dificultada. Impossibilitado de sair e promover seus tratamentos específicos, a doença progride a olhos vistos. A falta de exercícios físicos, a falta de interação social, a sua não inclusão entre os prioritários na fila de vacinação, transforma sobremaneira a sua qualidade de vida.

Assim segue a vida do portador de Parkinson, na esperança de tratamentos melhores e qualidade de vida, enquanto persegue a busca pela cura. O mais importante é que há vida após o parkinson e a nós, sociedade, nos cabe o dever de promover o bem estar destas pessoas. Uma visita, um telefonema, um bate papo virtual, em tempos de pandemia. Faça você também, a sua parte.

O município conta com a Associação dos Parkisonianos de Ipatinga (ASPI), que promove o bem estar dos portadores de Parkinson na cidade. A ASPI promove anualmente a corrida do Parkinson, mas devido a pandemia, a Associação fica impossibilitada de realizar o evento. O telefone da associação é 31-99744-4891. O material foi elaborado pela Associação Parkinsonianos de Ipatinga, por Clenilda Gomes da Cunha e Jose Justino Barros Alves (presidente).

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