Pediatra da Unimed Vale do Aço esclarece dúvidas sobre a imunização de crianças e lactantes

Dra Naiara Ferreira pediatra
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A cada dia, o Brasil amplia sua campanha de vacinação contra a Covid-19. Com o aumento da imunização entre as diversas faixas etárias, crescem também as dúvidas quanto vacinação de alguns grupos, como é o caso das gestantes, lactantes e crianças. Apesar da ausência de estudos sobre eventuais efeitos colaterais e resultados nessas categorias, notas técnicas recentes têm destacado a importância desses grupos também receberem doses.

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Para a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é recomendada a vacinação contra a Covid-19 para lactantes. A orientação segue o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS), que se posiciona claramente ao afirmar que, se a lactante é pertencente a um grupo no qual a vacinação é recomendada, ela deve ser oferecida. Além disso, a SBP não aconselha a interrupção da amamentação após a vacinação.

Outros documentos também foram publicados seguindo a mesma linha de orientação da nota do Ministério da Saúde, entre eles o da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO); um consenso das filiadas Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (SGORJ) e Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Santa Catarina (SOGISC); e o The American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). Por outro lado, além da OMS, outras entidades internacionais se posicionaram a favor da vacinação nestes grupos, especialmente em lactantes.

A pediatra e médica cooperada da Unimed Vale do Aço, Dra Naiara Ferreira, reforçou a importância da imunização tanto para a mãe que amamenta quanto para as grávidas. “Não há nenhum risco documentado em relação a vacinação da gestante e seu bebê, bem como não há nenhum risco em relação a mãe que amamenta e o seu bebê. Muito pelo contrário, sabe-se que as vacinas que a gestante recebe durante a gravidez promovem proteção a criança e elas nascem com os anticorpos produzidos pelas mães, como se eles tivessem recebido a vacina. No entanto, há muitas dúvidas em relação a essas vacinas, desde efeito colateral até qual a população-alvo. Baseado nessas orientações e considerando que as duas vacinas disponíveis no Brasil (Coronavac e AstraZeneca), tanto as gestantes quanto as lactantes, principalmente aquelas que trabalham em áreas com o risco de contaminação, foram liberadas para a vacinação”, esclareceu.

Ainda, de acordo com o documento da SBP, o benefício da vacinação da gestante e/ou da lactante é propiciar a proteção destas mulheres contra a covid-19, diminuindo, portanto, o risco teórico de transmitir a infecção aos filhos destas mães vacinadas. Além disso, o leite materno contém anticorpos (IgA secretória contra o SARS-CoV-2) que poderiam potencialmente proteger o bebê amamentado.

Covid-19 e aleitamento

O aleitamento materno traz diversos benefícios à mãe e ao seu bebê, tanto no que diz respeito a nutrição quanto na imunização e proteção contra doenças e eventuais problemas de saúde. Porém, quando a mãe que amamenta é infectada pelo coronavírus, há dúvidas quanto a manter ou não o aleitamento.

Se tratando da pandemia em que vivemos, os benefícios do aleitamento materno se sobrepõem, inclusive, nos casos de contaminação da mulher com o vírus, e não deve ser interrompido. “A amamentação deve ser mantida em caso de infecção materna pelo coronavírus, desde que essa mãe tenha condições clínicas para fazê-lo e siga alguns cuidados, como o uso de máscara, principalmente durante as mamadas e as trocas, a boa higienização das mãos, que são cuidados essenciais para que o vírus não contamine a criança”, explicou a pediatra.

Imunização de crianças

Vale lembrar que as crianças ainda não tem uma previsão de liberação de vacinas contra o coronavírus. Considerando essa questão, é importante que toda a população que pode ser imunizada receba a dose. “Com a vacinação de parcela considerável dos cidadãos, teremos a tão falada imunização de rebanho. Ela ocorre quando o percentual da população que é variável de acordo com a doença em questão ou é vacinada contra o agente ou tem a doença. Dessa forma, aqueles que não foram vacinados ou acometidos pela doença ficam protegidos uma vez que o causador da enfermidade, nesse caso o Sars- Cov- 2, tem dificuldade de circular”, esclareceu a médica cooperada.

A Dra Naiara Ferreira ainda acrescentou que as medidas de segurança devem ser mantidas, independente da vacinação. “O ideal seria que todos os brasileiros, de todas as idades, pudessem receber a dose da vacina. Porém, essa é uma realidade distante. Até que nossas crianças possam receber a vacina contra o coronavírus é fundamental que as famílias mantenham a caderneta de imunização em dia e as regras relacionadas a pandemia (uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social) sejam seguidas”, concluiu.

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