Dr. Marcos Vinicius cria lei que proíbe futuros prefeitos de Fabriciano contraírem empréstimos além do mandato

Prefeito de Fabriciano Dr. Marcos Vinicius cria Lei que proíbe prefeitos de tomar empréstimos que não possam pagar em seu mandato
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Em Coronel Fabriciano, a partir da próxima gestão, nenhum prefeito poderá contrair empréstimos que não possa pagar em seu próprio mandato. 

 

O município, que tem sido referência em eficiência na administração pública e adoção de práticas antissuborno mais uma vez inova e é um dos primeiros do Brasil a exigir, por força de lei municipal, “que toda e qualquer operação de crédito seja cumprida dentro do mandato a qual ela foi contraída”.

 

O projeto de Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 48/2022 foi aprovado em duas sessões ordinárias, em 2º turno pela Câmara nesta terça-feira, 2/5. De autoria do Executivo Municipal, a nova regra só não foi confirmada por unanimidade porque o vereador Zezinho do Sinttrocel se fez ausente nesta reunião.

 

Como obteve aprovação de 2/3 do Legislativo Municipal, a proposta foi promulgada pela Mesa Diretora e já passa a vigorar a partir de 2025.

Presente no plenário, o prefeito Dr. Marcos Vinicius agradeceu o apoio do Legislativo e destacou a importância da medida. “É uma Lei que ‘acaba com a farra da má gestão’, pois põe fim às obras de fim de mandato, com má qualidade e que só deixam dívidas para a cidade e o cidadão. Em contrapartida é uma lei que garante a execução financeira e orçamentária de gestões públicas sérias feitas com planejamento e transparência”, disse o Prefeito de Fabriciano.

 

“Não se trata de ‘engessar’ a gestão pública. Nenhum prefeito está proibido de pegar empréstimo. Ele pode fazer sim, desde que o faça e pague dentro do seu mandato”, completou Dr. Marcos Vinicius. 

 

O QUE MUDA COM A NOVA LEI

A Emenda à Lei Orgânica Municipal altera o Art. 53, incisos V e VI. Com a nova a redação, proposta pelo Executivo Municipal e aprovada pelo Legislativo Municipal, é vedado ao Município:  

 

“V – Contrair empréstimos externos e realizar operações de créditos e acordo da mesma natureza que não possam ser cumpridos integralmente durante o mandato de sua contratação e sem prévia autorização do Senado Federal e parecer prévio do Tribunal de Contas;

 

“VI – Contrair empréstimos internos e acordos da mesma natureza e acordos da mesma natureza que não estabeleçam expressamente o prazo de liquidação ou excedam o quadriênio e a vigência do mandato no qual foram contraídas.

 

A exceção prevista na Emenda à Lei Orgânica Municipal, não veda ao município o aceite em “concessões mais favoráveis de parcelamentos de despesas correntes ou débitos previdenciários, inclusive seu parcelamento pelo Estado, União e suas instituições, empresas públicas ou autarquias.” 

 

RESPONSABILIDADE FISCAL E ORÇAMENTÁRIA

Para o Presidente do Legislativo, Luciano Lugão, o projeto aprovado é um marco para a cidade e é um exemplo de responsabilidade fiscal e orçamentária a ser copiado por outras prefeituras em todo o Brasil. 

 

“Coronel Fabriciano tem um histórico ruim de contratar empréstimos e os governos que vem na sequência, herdam a dívida e infelizmente a cidade fica ingerível. Passamos por isso num passado recente. E este projeto é importante pois não impede que o prefeito contrate o empréstimo, mas que o pague no seu mandato. É um exemplo que deveria ser seguido por outros, pois protege o erário público e o futuro da cidade”, afirma. 

 

DÍVIDAS PAGAS: HERDADAS E AS FUTURAS 

A proposta de Emenda à Lei Orgânica Municipal nº 48/2022 foi apresentada em agosto passado pelo Executivo na ocasião do pagamento da dívida herdada do polêmico projeto de construção do Parque Linear. Naquele mês, o município empenhou R$ 17,4 milhões em favor da Caixa Econômica, para findar o contrato. Somadas as parcelas pagas anteriormente, o financiamento custou aos cofres públicos mais de R$ 35 milhões – R$ 12 milhões a mais em juros do empréstimo original de R$ 22,9 contraído em 2010, pelo gestor à época. 

 

Na época, Dr. Marcos Vinicius disse que estava colocando um ponto final no que ele considera “(Parque Linear) o maior estelionato político da história de Fabriciano” e reafirmou os pilares da atual gestão: “seriedade, transparência, planejamento e respeito com o dinheiro do cidadão”. 

 

Naquele momento ele se comprometeu em provar que era possível não só pagar as dívidas herdadas, como foi feito, como concluir o seu segundo mandato com obras importantes entregues sem dívidas para os sucessores e criar um instrumento legal preservando o erário futuramente. 

 

Para isso, a atual administração trabalha para zerar todos os débitos até 2024, final do atual mandato. Além de quitar o empréstimo do Parque Linear, a atual gestão também já pagou a dívida com IPSEMG e Precatórios (entre 2017 e 2022), num total de R$ 7,8 milhões. Ainda no seu primeiro mandato, liquidou o financiamento junto ao BDMG para a construção do novo prédio do Paço Municipal, medida que possibilitou R$ 190 mil em juros com a antecipação das parcelas, previsto para findar em janeiro de 2024. 

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