Com inscrição gratuita o workshop “Acessibilidade Cultural: Práticas inclusivas para eventos” busca sensibilizar agentes culturais sobre a importância de disponibilizar inclusão para todos os públicos
Promover eventos com acessibilidade tem sido uma norma das Leis de Incentivo à Cultura em todas as suas instâncias, municipal, estadual e federal. Nos últimos anos, nos editais publicados, a exigência de procedimentos que visem a implementação da legislação em vigor tem sido constante. Com isso, os projetos apresentados precisam destacar em seu escopo quais medidas serão adotadas para promover a acessibilidade do público consumidor das atividades culturais oferecidas.

Publicada em julho de 2015 a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI (Lei 13.146), conforme seu artigo 1º, é “destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. Em 2022, nos editais da Lei Complementar 195/2022, conhecida como Lei Paulo Gustavo, uma exigência foi a destinação de que 10% do recurso de cada projeto aprovado fosse destinado para atender essa demanda.
Esse percentual pode ser aplicado de várias formas: na acessibilidade arquitetônica, com a realização de eventos em locais de fácil acesso, com rampas, corrimãos, lugares demarcados, banheiros adaptados, etc; na acessibilidade de conteúdo, para portadores de deficiência visual, auditiva e síndromes do espectro; na realização de treinamento para capacitação de agentes culturais; na contratação de PCD’s, portadores de necessidades especiais na composição de equipe de trabalho, dentre outras.

Práticas inclusivas
No projeto Centro de Referência em Dança do Vale do Aço, aprovado pela Associação Cultural Zélia Olguin no Edital LPG/MG 08/2023 – Territórios e paisagens culturais, as práticas adotadas na acessibilidade de conteúdo foram a contratação de intérprete de libras para as apresentações realizadas na Academia Olguin, em novembro de 2024, incluindo a contratação de PCD’s, surdos oralizados, para atendimento do público.
A produtora Marilda Lyra, destaca que no campo arquitetônico a Academia Olguin é dotada rampa de acesso, banheiros adaptados, lugares demarcados na plateia, corrimão, etc. “Entretanto, no projeto realizado com recursos da LPG foi necessário a reinstalação de piso tátil na entrada do espaço, que se descolou com o tempo. Agora estamos finalizando as ações de acessibilidade promovendo a capacitação de agentes culturais com o workshop “Acessibilidade Cultural: Práticas inclusivas para eventos” que será realizado no dia 05 de maio”, destaca a produtora.
O workshop será ministrado por Vânia Coelho e Viviane Laranjo, que possuem vasta experiência na promoção da acessibilidade em eventos culturais e artísticos, com foco na infraestrutura acessível e inclusão. Vânia é tradutora, intérprete de Libras e psicopedagoga. Viviane Laranjo é professora, tradutora e intérprete de Libras, com experiência em vários contextos. Ambas atuam acompanhando pessoas surdas e com outras deficiências, contribuindo ativamente para a organização de grandes eventos, com foco em infraestrutura acessível e inclusão.
O workshop acontece no dia 05 de maio, de 18h30 às 22h, na Academia Olguin, Rua Ipê, 763, bairro Horto. A inscrição é gratuita e o formulário de inscrição está disponível em https://forms.gle/AKcLQPN1bwJYkqJLA. Informações (31) 99966 4166 com Marilda Lyra.