Estação Cinema encerra programação com balanço positivo

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Mostra Nacional de Cinema Infantojuvenil, que nesta edição ganhou formato híbrido, foi realizada em escolas públicas e particulares

IPATINGA – A Estação Cinema – Mostra de Cinema Nacional Infantojuvenil está encerrando sua programação que, desde outubro, esteve em cartaz nas escolas de Ipatinga que aderiram ao projeto com a exibição de filmes pelo canal Youtube e acesso gratuito. Ao todo, foram apresentados 28 títulos de curtas-metragens em animação, ficção e documentários de variados gêneros, divididos em três categorias segundo a faixa etária dos alunos. A Mostra, que teve como principal público-alvo o infantojuvenil de 5 a 15 anos, mas acessível a pessoas de todas as idades, objetivou valorizar a produção nacional por meio da formação de público para o cinema brasileiro. “A democratização do acesso à sétima arte é outra motivação da Estação Cinema, que promove todas as sessões gratuitamente e nasceu para ser itinerante, uma forma de levar filmes nacionais a quem não têm acesso às salas comerciais de cinema. Fomentar a produção cultural, aguçar o senso de cidadania e valorizar a identidade brasileira completam o rol dos principais objetivos da Mostra”, comenta Alexandre Luna, idealizador e realizador do projeto cinematográfico.

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Conforme explica, trabalhos importantes da produção audiovisual brasileira foram selecionados para compor a programação mediante processo de curadoria muito criterioso. “Filmes que abordam temas transversais, como pluralidade cultural, ética e meio ambiente foram destaque da Estação Cinema, que disponibilizou atividades pedagógicas de arte-educação para serem desenvolvidas em classe e extra-classe, individualmente e em grupo”. Essa ação buscou, conforme Alexandre, potencializar os projetos pedagógicos desenvolvidos nos educandários por meio da arte cinematográfica, despertar os estudantes para a interpretação de histórias apresentadas e motivar os alunos a criar os seus próprios contos. “A iniciativa teve ainda como propósito estimular a integração da comunidade escolar com a família dos alunos e, dos alunos, com seus familiares. Motivamos os pais a assistir aos filmes com os seus filhos, em família”, observa o realizador da Mostra.

Alexandre explica que, em sua primeira versão, streaming digital, a Mostra precisou ser adaptada para o formato híbrido – online, pela plataforma do projeto no Youtube, e presencial nas escolas com a utilização da própria estrutura dos educandários e respeitando os protocolos de saúde em relação à prevenção da Covid-19.

“A Estação Cinema, que sempre foi promovida de forma presencial, acontece desde 2006. Neste ano, excepcionalmente por causa da pandemia e da necessidade de se manter o isolamento social, optamos por realizar a Estação Cinema remotamente também. O momento é de incertezas, e o retorno à normalidade tende a acontecer de forma gradual. Por isso garantimos o acesso a todas as obras na plataforma dessa atração cultural”, explica Alexandre Luna, frisando ainda que o modo híbrido de realização da Mostra possibilitou o acesso ao evento de pessoas de outras cidades, como da capital mineira. Em Belo Horizonte, 428 jovens do Ceduc Virgílio Resi tiveram acesso aos curtas. O Ceduc é uma organização não governamental dedicada à educação para o trabalho, com foco no desenvolvimento humano.A instituição atua na formação de Jovens Aprendizes, em sua maioria com idade entre 15 e 19 anos em acolhimento e/ou medidas socioeducativas. “Os jovens demonstraram muito interesse pelos curtas. Eles relataram que, em alguns momentos, se identificaram com os personagens, situações e/ou emoções, o que possibilita o seu desenvolvimento pessoal e superação de situações vivenciadas”, comenta Janice Oliveira, coordenadora da Educação Profissional da Ceduc.

Os filmes compuseram o módulo Educação para a vida, assim como as atividades propostas pelo educandário inspiradas nos curtas. “Utilizar os filmes como ferramenta de ensino-aprendizagem é uma oportunidade de trabalharmos com os nossos jovens aspectos culturais, históricos, literários e políticos, proporcionando uma visão integral da realidade, contribuindo para o desenvolvimento deles como cidadãos mais críticos e criativos, com potencial para propiciar efetiva mudança social”, pontua Janice Oliveira.

A produtora da Estação Cinema,Shirley Maclane, reforça a importância da Mostra, que propôs classificação indicativa por faixa etária, como ferramenta fundamental no processo educacional e destaca a importância da versão online. “Por meio da arte, continuamos a aproximar pessoas, agora com o suporte do universo virtual, aproximando as famílias, os amigos. A Mostra não deixou de ser ainda um alento para tempos desafiadores que requerem alternativas para desmontar as experiências que o mundo atravessou com a pandemia”.

Em Ipatinga, a Mostra de Cinema Nacional Infantojuvenil contemplou alunos das escolas municipais, estaduais, particulares, entidade, com sessões presenciais comentadas, e o público em geral por meio das redes sociais do evento.

A Estação Cinema foi realizada com recursos da Lei Aldir Blanc, pelo Edital N°16/2020 “Seleção de Propostas de Mostras e Festivais Artísticos e Culturais”, o Projeto Estação Cinema – Mostra de Cinema Nacional InfantoJuvenil operacionalizada pelo Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), Secretaria Especial da Cultura e Ministério do Turismo/Governo Federal. O projeto é uma realização do produtor cultural Alexandre Luna, curadoria Eder Loures, assessoria de comunicação de Goretti Nunes, Dani Dornelas fotografia e edição de vídeo, participação especial vídeo Miguel Di Mambro Oliveira Luna e produção de Shirley Maclane.

HISTÓRICO 

Desde 2001, Alexandre Luna, em parceria com Shirley Maclane, se dedica à realização de mostras de cinema pelo interior de Minas Gerais, com a exibição de curtas e longas metragens nacionais seguida de debates. Sempre fiel ao seu caráter itinerante, ao longo de 20 anos, a Mostra levou a sétima arte a mais de 45 municípios, percorrendo aproximadamente 6 mil quilômetros, incluindo distritos e povoados, contemplando um público estimado em cerca de 80 mil pessoas de todas as faixas etárias, contabilizando a projeção de 120 obras em pontos de cultura, como o Teatro da Usiminas, o Parque Ipanema, praças públicas e a 150 escolas, contemplando 25 mil alunos.

Entre os títulos exibidos ao longo da trajetória da Mostra, está Jean Charles, um filme brasileiro baseado em fatos reais que conta a vida de Jean Charles de Menezes, que foi confundido com um terrorista e morto por policiais ingleses no metrô de Londres. A sessão do filme protagonizado por Selton Mello contou com a sua participação, um artista versátil que, além de ator, é dublador, diretor e produtor brasileiro premiado inúmeras vezes por suas personagens em filmes e séries e por sua direção.

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