FIEMG impedida de se manifestar durante audiência de Comissão da Assembleia de Minas

Comissão de Administração Pública fez debate sobre a regulamentação da caução ambiental prevista na Lei Mar de Lama Nunca Mais (Daniel Protzner/ALMG)
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Federação emite nota de repúdio contra ato da parlamentar que impediu a participação de seus representantes no debate

Uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nessa quinta-feira (7), foi marcada por tumulto e confusão. Mulheres que atuam como representantes do setor industrial foram ofendidas durante a reunião

A audiência da Comissão de Administração Pública da ALMG discutia a regulamentação do Decreto nº 48.747/2023, que trata da caução ambiental prevista na Política Estadual de Segurança de Barragens. Durante a reunião, representantes da FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) foram impedidas de se pronunciar e se tornaram alvos de palavras de baixo calão proferidas por pessoas presentes nas galerias.

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O gesto foi repudiado pela Fiemg, que criticou a postura da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT). Ela presidia a audiência e não expulsou um homem que aparece nas imagens chamando uma das representantes de “safada” e “vagabunda”. Eis a nota divulgada ontem pela FIEMG sobre o episódio:

“A Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) vem, por meio desta nota, informar que foi impedida de dar sua contribuição em audiência pública realizada na tarde desta quinta-feira (7/03) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para discutir a regulamentação do Decreto nº 48.747, de 29/12/2023, que trata da caução ambiental prevista na Política Estadual de Segurança de Barragens.

Como representante do setor produtivo mineiro, a FIEMG repudia a postura da Comissão de Administração Pública da ALMG, que convocou a audiência, bem como da deputada estadual Beatriz Cerqueira, que presidiu a reunião sobre o tema e impediu a participação de representantes da Federação.

“Estamos aqui na Casa do Povo, onde todos têm que ser ouvidos e o setor produtivo – que representa parcela significativa da sociedade civil, indústrias importantes e empregos no Estado – não teve a oportunidade de se manifestar. Nós ouvimos todo mundo – quem é contra e a favor ao decreto – e queríamos falar sobre o decreto, colocar nosso ponto de vista, indicar pontos de melhoria, debater com o governo, o Parlamento e com a sociedade civil para chegarmos a um termo em comum e algo que atenda ao desenvolvimento sustentável de Minas Gerais”, afirma o gerente de Meio Ambiente e Relações Institucionais da FIEMG, Thiago Rodrigues Cavalcante.

Durante a audiência, três empregadas da FIEMG se manifestaram em função do impeditivo de fala e, neste momento, foram agredidas verbalmente, com palavras de baixo calão, por uma pessoa que estava nas galerias acompanhando a reunião. Essa situação gerou tumulto e constrangimento nas pessoas que estavam lá para serem ouvidas.

Vale ressaltar que, em momento algum, as deputadas Beatriz Cerqueira e Bella Gonçalves, que estavam compondo a mesa, se manifestaram contrárias às agressões sofridas às empregadas da FIEMG.

Neste Dia das Mulheres, a entidade que tem em seu quadro pessoal 4.665 mulheres, que representam 54% do total de funcionários, sendo 60% da nossa liderança, repudia a postura adotada e a omissão dos parlamentares durante a audiência pública e espera que este tipo de agressão e omissão às mulheres não ocorra novamente”.

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