Janeiro Branco alerta para a importância do autocuidado e bem-estar psicológico

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Psicóloga da Fundação São Francisco Xavier fala sobre a importância do acolhimento e os recursos necessários para lidar com questões emocionais.

Um mês dedicado à conscientização sobre a importância da saúde mental, que propõe a reflexão e o debate sobre questões psicológicas e emocionais. A campanha Janeiro Branco é fomentada anualmente no Brasil por diversas organizações, profissionais da saúde e membros da sociedade, unidos para disseminarem informações e encorajarem atitudes positivas em relação ao cuidado com o bem-estar psicológico. A relevância da promoção da saúde mental transformou a causa em Lei Federal 14.556, sancionada em abril do ano passado. 

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Para os especialistas, o adoecimento mental se manifesta a partir da associação de múltiplas causas, que podem incluir fatores hereditários, além de questões sociais, econômica e culturais, que culminam para a dificuldade do indivíduo em lidar com as emoções. Um levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta uma alerta para o perfil da saúde mental dos brasileiros. Segundo a Organização, uma em cada quatro pessoas no país passará por alguma situação de alteração mental. O Brasil é o país com maior percentual de pessoas que apresentam ansiedade, representando 9,3% da população. 

O retrato do bem-estar psicológico dos jovens brasileiros também é preocupante. Para a OMS, as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos. Além disso, metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade. Em todo o mundo, a depressão é uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes.

Para a psicóloga da Fundação São Francisco Xavier, Maíra Barroso, por ser o mês de janeiro considerado um período propício para novos inícios e projetos, a campanha Janeiro Branco é um convite à reflexão sobre a saúde mental e seus impactos, sendo uma oportunidade de desmistificar questões importantes e diminuir o preconceito, e com isso, estimular o autocuidado. Segundo a psicóloga, oferecer acesso aos recursos que promovem o bem-estar emocional são caminhos a serem percorridos para ampliar o diálogo sobre o tema em todos os âmbitos da sociedade.

Assim como cuidamos do nosso corpo, é fundamental dedicarmos atenção especial à nossa saúde mental. Ao falar sobre o bem-estar psicológico, reduzimos o estigma e encorajamos as pessoas a buscarem ajuda quando necessária. As organizações de saúde apontam que é necessário olhar com cuidado para a população como um todo, em especial aos jovens”, alerta a psicóloga.  

Para a psicóloga, entre as principais doenças de saúde mental estão a ansiedade, a síndrome do pânico e a depressão. A ansiedade é caracterizada pela reação natural do corpo a situações de estresse, que pode caminhar para o transtorno de ansiedade e apresentar sintomas como, preocupação excessiva, tensão, medos e até sintomas físicos, como dificuldade de respirar e palpitações. A depressão é uma condição de saúde que vai além do sentimento ocasional de tristeza. Para a especialista, a doença caracteriza-se como um distúrbio de humor persistente, que pode causar sentimentos como tristeza profunda, perda de interesse nas atividades do dia a dia e até pensamentos suicidas. Já a síndrome do pânico é identificada por ataques de pânico inesperados e recorrentes. São episódios que que levam a pessoa a sentir intensa sensação de medo, falta de ar, tremores, entre outros sintomas.

“Cada uma dessas condições pode ter um impacto significativo na vida cotidiana das pessoas afetadas, mas é importante ressaltar que todas elas podem ser tratadas com terapias adequadas”, ressalta Maíra. 

Dicas e apoio

Entre as principais recomendações da especialista para os cuidados com a saúde mental estão a priorização de momentos de descanso e lazer, a prática de hábitos saudáveis, boa alimentação, regulação do sono, o cultivo de relacionamentos saudáveis e a busca por apoio social. É importante também ficar atento aos primeiros sinais e buscar a ajuda profissional quando necessária.  

O acolhimento de familiares e amigos desempenha um papel crucial na promoção da saúde mental, oferecendo um ambiente de apoio, compreensão, identificação dos primeiros sinais das doenças e segurança emocional, onde o indivíduo possa expressar suas emoções, compartilhar suas dificuldades e buscar ajuda. O Ministério da Saúde dispõe de políticas públicas que atuam ativamente na prevenção de problemas relacionados a saúde mental. Um dos serviços disponibilizados gratuitamente à população é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atua na prevenção de suicídio por meio de atendimento de ligações gratuitas em todo o país (188).

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